câncer de colo uterino

Quando a cirurgia é necessária no câncer de colo do útero?

O câncer de colo do útero ainda é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres no Brasil — especialmente por falta de diagnóstico precoce. 

A boa notícia é que, quando descoberto a tempo, há tratamento eficaz — e a cirurgia pode ser uma das opções mais importantes.

Afinal, quando a cirurgia é indicada?

A cirurgia é indicada principalmente nos estágios iniciais da doença, quando o tumor ainda está localizado no colo do útero e não invadiu órgãos vizinhos.

As principais situações incluem:

🔹 Estágio I – Quando o câncer está restrito ao colo do útero.
🔹 Tumores pequenos (<4cm) – A cirurgia pode ser curativa, com retirada completa da área afetada.
🔹 Desejo de preservação da fertilidade – Em casos selecionados, pode ser indicada uma traquelectomia (remoção do colo uterino com preservação do útero).

Quais tipos de cirurgia podem ser feitos?

✔️ Conização – Remoção de um pequeno fragmento do colo uterino. Usada em lesões muito iniciais.
✔️ Histerectomia total – Remoção do útero e colo do útero. Pode ser feita por via vaginal, abdominal ou laparoscópica.
✔️ Histerectomia radical – Remoção do útero, colo do útero, parte da vagina e linfonodos pélvicos. Indicada em casos com maior risco de disseminação.
✔️ Cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica) – Com menos dor, cicatriz menor e recuperação mais rápida.

E nos casos mais avançados?

Quando o câncer já se espalhou para estruturas próximas (estágios III e IV), a cirurgia geralmente não é a primeira escolha. Nesses casos, o tratamento costuma começar com radioterapia e quimioterapia combinadas.

Contudo, a cirurgia ainda pode ser indicada em situações como:
🔸 Complicações por obstrução de ureteres ou intestino
🔸 Ressecção de tumores residuais após tratamento

A cirurgia tem papel fundamental no tratamento do câncer de colo do útero, principalmente nos estágios iniciais, podendo oferecer altas taxas de cura. A chave está no diagnóstico precoce, por meio do Papanicolau e acompanhamento ginecológico regular.

Se você ou alguém próximo foi diagnosticado com câncer de colo do útero, converse com uma equipe especializada para entender todas as opções — incluindo a possibilidade de cirurgia.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Quanto tempo dura a recuperação após a cirurgia?

Essa é uma das principais preocupações. “Dr., quanto tempo vai ser a minha recuperação pós-cirúrgica?”

Cirurgias minimamente invasivas, como as via laparoscopia, tem uma recuperação geralmente rápida e muitos pacientes retornam às atividades normais em duas a três semanas, em média.

Já no caso de cirurgias abdominais abertas é necessário um tempo maior de recuperação, entre quatro a seis semanas, antes de retomar as atividades normais. 

Em relação às histeroscopias, a recuperação também é geralmente muito rápida, com a maioria das pacientes retomando atividades normais em um ou dois dias.

Claro que pacientes jovens, com boa saúde, que não tem comorbidades que influenciam na recuperação ou que não tem intercorrências, se recuperam mais rapidamente.

É crucial seguir as orientações do cirurgião para garantir uma recuperação segura e eficaz. Pacientes devem estar cientes dos sinais de complicações e procurar ajuda médica se necessário. 

Procure sempre um especialista!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Câncer de colo uterino. Como é a cirurgia?

A cirurgia para câncer de colo uterino pode variar dependendo de qual abordagem cirúrgica vai ser realizada, da extensão da doença e de outros fatores individuais da paciente.


As principais abordagens são:


Cirurgia de excisão do cone (conização)


Esta cirurgia envolve a remoção de uma porção do colo do útero em forma de cone, onde as células cancerosas estão localizadas. É frequentemente usada para diagnosticar e tratar lesões pré-cancerosas ou cânceres em estágio inicial.


Histerectomia


Em casos mais avançados de câncer de colo uterino, pode ser necessária uma histerectomia, que é a remoção cirúrgica do útero. Dependendo da extensão da doença, outros órgãos adjacentes, como os ovários, trompas de falópio e linfonodos, também podem ser removidos durante a cirurgia.


Linfadenectomía pélvica e/ou para-aórtica


Durante a histerectomia ou como um procedimento separado, os linfonodos pélvicos e/ou para-aórticos podem ser removidos para verificar se o câncer se espalhou para essas áreas.


Cirurgia de preservação da fertilidade


Em alguns casos, quando o câncer de colo uterino é diagnosticado em estágios muito iniciais e em mulheres que desejam preservar a fertilidade, pode ser possível realizar uma cirurgia conservadora, como uma conização ou traquelectomia radical, que envolve a remoção do colo do útero enquanto preserva o útero.


Cirurgia laparoscópica


A cirurgia por laparoscopia está se tornando mais comum por ser uma abordagem eficaz e minimamente invasiva. O que permite uma recuperação mais rápida e menor tempo de internação hospitalar.


Após a cirurgia, a paciente geralmente requer acompanhamento regular com seu cirurgião oncologista e ginecologista para monitorar a recuperação e planejar tratamentos adicionais.


A decisão sobre o tipo de cirurgia vai depender de vários fatores e histórico da paciente, por isso o ideal é se planejar e conversar com seu cirurgião especialista para tirar todas as dúvidas.


Lembre-se que os preparativos para a cirurgia começam antes dela, ok?!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Rolar para cima