Endometriose

Por que quem tem endometriose tem muita cólica?

Sentir algum tipo de desconforto durante o período menstrual é comum, mas sentir dor incapacitante, que atrapalha a rotina, afasta do trabalho ou faz precisar de remédio forte todos os meses, não é normal — e pode ser endometriose.

E um dos sintomas mais frequentes e marcantes é a cólica menstrual intensa, mas por que isso acontece?

🔥 Por que dói tanto?

  1. Inflamação constante: Os focos de endometriose provocam uma reação inflamatória intensa, ativando terminações nervosas e gerando dor.
  2. Contrações mais dolorosas: O útero tenta eliminar o conteúdo menstrual com mais força, o que causa cólicas muito mais fortes.
  3. Aderências e lesões profundas: As estruturas pélvicas podem ficar “coladas” umas às outras, limitando movimentos naturais e causando dor mesmo fora do período menstrual.
  4. Irritação de nervos pélvicos: Em casos mais avançados, a endometriose pode atingir diretamente nervos da pelve, o que aumenta a intensidade e a frequência das dores.

O que fazer?

Se você sente dores menstruais intensas, isso não é normal e não precisa ser sua realidade. O diagnóstico da endometriose pode ser feito por exames de imagem especializados, como o ultrassom transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética pélvica.

O tratamento depende da gravidade dos sintomas e da localização dos focos da doença, e pode envolver:
✔️ Uso de medicamentos hormonais
✔️ Analgésicos e anti-inflamatórios
✔️ Fisioterapia pélvica
✔️ E, em muitos casos, cirurgia laparoscópica especializada para remover os focos da doença

A cólica intensa pode ser o corpo gritando que algo não vai bem. Endometriose tem tratamento — quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de aliviar a dor e preservar a fertilidade e a qualidade de vida.

👉 Se você ou alguém próximo sofre com dores menstruais incapacitantes, procure um especialista.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Quando a endometriose exige cirurgia de urgência?

A endometriose, em geral, evolui de forma progressiva e silenciosa. No entanto, em algumas situações específicas, ela pode exigir cirurgia de urgência, principalmente quando afeta órgãos vitais como intestino, bexiga ou rins.

Casos que podem virar emergência

➡️ Ruptura de endometrioma (cisto no ovário)
Quando um endometrioma se rompe, pode causar dor abdominal aguda, sangramento interno e, em alguns casos, sinais de peritonite. Nesses casos, a paciente pode precisar de cirurgia imediata para conter a hemorragia e preservar a função ovariana.

➡️ Obstrução intestinal por endometriose profunda
A endometriose pode infiltrar a parede do intestino, especialmente o reto e o sigmóide. Em casos mais graves, a obstrução total pode causar dor intensa, vômitos, distensão abdominal e impossibilidade de evacuar — um quadro que precisa de intervenção cirúrgica urgente.

➡️ Hidronefrose por compressão dos ureteres
Lesões de endometriose podem comprimir os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga), levando à obstrução da urina e dilatação dos rins (hidronefrose). Quando não tratada a tempo, pode haver perda da função renal.

➡️ Infecção de cistos ou abscessos
Endometriomas infectados ou abscessos pélvicos causados pela doença também podem evoluir para infecções graves, com febre alta, dor intensa e risco de sepse.

Quando procurar ajuda urgente?

Se a paciente apresentar:

  • Dor abdominal súbita e intensa
  • Febre e mal-estar
  • Dificuldade para urinar ou evacuar
  • Sangramento anormal
  • Náuseas e vômitos persistentes

É fundamental procurar atendimento médico imediato.

Diagnóstico e abordagem cirúrgica

A avaliação costuma envolver exames de imagem como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética, além de exames laboratoriais. 

A videolaparoscopia é a técnica mais indicada para o tratamento cirúrgico, inclusive em situações emergenciais, por ser menos invasiva e com recuperação mais rápida.

Embora muitas mulheres convivam com a endometriose por anos, ela não é uma doença inofensiva. Quando atinge órgãos vitais ou causa complicações como sangramentos, infecções e obstruções, a cirurgia pode ser a única forma de preservar a vida e a qualidade de vida da paciente.

A chave é o diagnóstico precoce e o acompanhamento com profissionais experientes. Isso reduz os riscos de emergências e aumenta as chances de tratamento eficaz e seguro.

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(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Como é a cirurgia de endometriose?

Quando o tratamento clínico (medicamentos hormonais e analgésicos) não é suficiente para controlar os sintomas, a cirurgia pode ser a melhor opção para restaurar a qualidade de vida do paciente.

Mas como é feita essa cirurgia? Quem precisa dela? E quais os benefícios? 

Quem Precisa Fazer uma Cirurgia de Endometriose?

A cirurgia para endometriose é indicada quando:
 

✅ A dor é incapacitante e não melhora com tratamento clínico.
✅ Há comprometimento de órgãos como intestino, bexiga ou ureteres.
✅ Uma paciente tem dificuldade para engravidar e a endometriose está afetando a fertilidade.
✅ Exames mostram lesões profundas que podem comprometer a função dos órgãos.

Como a Cirurgia é Feita?

Atualmente, a abordagem cirúrgica mais utilizada é a laparoscopia , uma técnica minimamente invasiva, que permite a remoção de focos de endometriose por pequenas incisões. O procedimento ocorre da seguinte forma:

1️⃣ Anestesia geral para garantir conforto e segurança ao paciente.
2️⃣ Pequenas incisões no abdômen por onde são inseridas a câmera e os instrumentos cirúrgicos.
3️⃣ Mapeamento das lesões previamente identificadas em exames como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética.
4️⃣ Remoção de focos de endometriose com cauterização ou dissecção de lesões, dependendo da profundidade e da localização.
5️⃣ Encerramento do procedimento com pontos internos e externos, minimizando cicatrizes.

Em casos de endometriose profunda, que afeta órgãos como intestino e bexiga, pode ser necessário um trabalho multidisciplinar, envolvendo cirurgiões ginecológicos, gastrointestinais e urológicos.

Cirurgia Cura a Endometriose?

Infelizmente, não há cura definitiva para endometriose. A cirurgia reduz a inflamação e melhora os sintomas, mas a doença pode reaparecer, especialmente se não houver um acompanhamento contínuo. O tratamento pós-cirúrgico pode incluir:

✔️ Uso de hormônios para evitar o avanço da doença.
✔️ Fisioterapia pélvica para reduzir aderências e dor crônica.
✔️ Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta anti-inflamatória e exercícios físicos.

A cirurgia de endometriose pode transformar a qualidade de vida da paciente, aliviando dores intensas e melhorando a fertilidade em alguns casos. 

No entanto, é fundamental que o procedimento seja realizado por uma equipe experiente, garantindo a remoção completa dos focos da doença sem comprometer a função dos órgãos.

Se você sofre de dores intensas, infertilidade ou sintomas que afetam sua rotina, procure um especialista e avalie se a cirurgia é a melhor opção para o seu caso.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG)
  • Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE)
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva

Histerectomia cura endometriose?

A histerectomia, cirurgia de remoção do útero, muitas vezes é vista como uma solução definitiva para a endometriose. Mas será que ela realmente cura a doença? A resposta é: nem sempre. 

A endometriose não está limitada ao útero – ela pode estar nos ovários, trompas, intestino, bexiga e até o diafragma, o que significa que apenas retirar o útero não garante que os sintomas desapareçam .

Quando a Histerectomia é Indicada para Endometriose?

✅ Paciente tem adenomiose(endometriose dentro do músculo do útero), causando dor intensa e sangramentos frequentes.
✅ Há falha no tratamento clínico, com persistência de sintomas incapacitantes.
✅ A doença está muito avançada, comprometendo os órgãos e a qualidade de vida da paciente.

Se houver focos de endometriose fora do útero, a histerectomia não elimina a doença. Nesses casos, a cirurgia ideal deve incluir a remoção completa das lesões de endometriose, garantindo que a inflamação e os sintomas desapareçam de forma eficaz.

Além disso, se os ovários forem preservados, o estímulo hormonal ainda pode alimentar focos de endometriose remanescentes. Por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente.

Cirurgia Bem Feita = Qualidade de Vida

Para mulheres com endometriose grave, uma abordagem cirúrgica bem planejada, com um especialista em cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica), pode ser a melhor opção. O objetivo não é apenas retirar o útero, mas remover a doença de forma completa, garantindo a melhora dos sintomas e evitando recidivas.

Se você sofre com dores intensas e está considerando uma histerectomia, converse com um especialista para saber qual é a melhor abordagem para o seu caso.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG)
  • Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE)
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva

Dor lombar e a endometriose

A endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao endométrio (camada interna do útero) cresce em locais fora do útero, como ovários, trompas e, em casos mais profundos, em órgãos pélvicos e até na região lombar. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , essa doença afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, podendo causar uma série de sintomas além das tradicionais cólicas menstruais, incluindo dor lombar.

Por que a endometriose pode causar dor lombar?

  • Infiltração em ligamentos e nervos: A endometriose profunda pode atingir os ligamentos uterossacros, que ficam próximos à coluna, provocando dor que irradia para a região lombar.
  • Inflamação crônica: A presença de tecido endometrial fora do útero desencadeia um estado inflamatório que, além de causar dor pélvica, pode irradiar para as costas.
  • Aderências e cicatrizes: As lesões da endometriose podem gerar aderências entre órgãos, impactando a mobilidade pélvica e agravando a dor lombar.

Principais Sinais de Alerta

  1. Dor lombar cíclica: Se a dor na região lombar piora próximo ao período menstrual, pode ser um sinal de endometriose profunda.
  2. Alterações intestinais ou urinárias: Lesões na área pélvica podem afetar órgãos vizinhos, resultando em dor ao evacuar ou urinar, especialmente durante a menstruação.
  3. Histórico de cólicas menstruais intensas: Mulheres que sofrem de cólicas fortes têm maior chance de apresentar endometriose.

Diagnóstico e Tratamento

  1. Avaliação clínica e exames de imagem: Ultrassonografia transvaginal especializada (com preparo intestinal) ou ressonância magnética podem identificar focos profundos de endometriose.
  2. Tratamento medicamentoso: Analgésicos, anti-inflamatórios e hormonais podem aliviar a dor e controlar o avanço da doença.
  3. Cirurgia minimamente invasiva: Em casos mais graves, a remoção cirúrgica das lesões (geralmente via laparoscopia) ajuda a reduzir a inflamação e aliviar a dor lombar.
  4. Equipe multidisciplinar: Fisioterapia pélvica, nutrição e acompanhamento psicológico podem complementar o tratamento, oferecendo alívio mais abrangente dos sintomas.

Embora não exista cura definitiva para a endometriose, o controle adequado dos sintomas e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar complicações, como infertilidade ou dores incapacitantes. 

Manter um diálogo aberto com seu médico e seguir recomendações de rotina podem fazer toda a diferença na qualidade de vida.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

A endometriose pode causar disfunção intestinal?

Quando falamos sobre endometriose, muitas pessoas pensam apenas em cólicas menstruais fortes e dificuldade para engravidar. Porém, essa condição pode ir muito além da região uterina. 

Na verdade, a endometriose pode afetar órgãos como intestino e bexiga, causando uma série de sintomas que se estendem além do aparelho reprodutor. 

Isso inclui desconfortos como constipação, diarreia, dor ao evacuar e até inchaço abdominal frequente, principalmente no período menstrual.

Como a Endometriose Afeta o Intestino?

Quando essas lesões se instalam no intestino – mais comumente no reto e no cólon sigmóide – podem provocar lesões, inflamação e até estreitamentos no canal intestinal. 

Essa infiltração profunda é responsável pela gama de sintomas que muitas vezes se confundem com outras condições gastrointestinais.

De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva têm endometriose. 

Estudos apontam que de 3% a 37% das pacientes com endometriose podem apresentar envolvimento intestinal (Journal of Minimally Invasive Gynecology, 2020), o que demonstra o quão frequente a sobreposição desses sintomas pode ser.

Sintomas Comuns

  • Dor ao evacuar: Principalmente durante o período menstrual.
  • Alterações no hábito intestinal: Constipação ou diarreia cíclica relacionadas ao ciclo menstrual.
  • Inchaço e distensão abdominal: Sensação de “barriga estufada” que piora nos dias próximos à menstruação.
  • Sangramento retal cíclico: Em casos mais severos, pode haver sangue nas fezes durante a menstruação.

Esses sintomas acabam sendo confundidos com a Síndrome do Intestino Irritável (SII), levando muitas mulheres a buscarem tratamentos gastrointestinais sem problemas consistentes.

Diagnóstico: A Importância do Mapeamento Detalhado

O diagnóstico da endometriose intestinal exige um olhar especializado. 

O ultrassom transvaginal com preparo intestinal, realizado por um profissional experiente, é uma ferramenta-chave para identificar a localização e a profundidade das lesões. Em alguns casos, a ressonância magnética também pode auxiliar no mapeamento.

Quanto mais cedo for identificado o comprometimento intestinal, maior a chance de um tratamento assertivo e menos invasivo, reduzindo o impacto na qualidade de vida da paciente.

Tratamento e Qualidade de Vida

O tratamento da endometriose intestinal pode variar de abordagem clínica, com uso de medicamentos hormonais para controlar o crescimento do tecido endometrial, até cirurgias para remover as lesões mais profundas.

A cirurgia minimamente invasiva (laparoscopia ou cirurgia robótica) é uma das opções que permite um procedimento mais preciso e com menor tempo de recuperação.

Ao aliviar a dor, melhorar a função intestinal e restaurar a mobilidade dos órgãos afetados, o tratamento adequado envolve a qualidade de vida e a autonomia do paciente.

A endometriose é uma doença complexa, e seu impacto pode ir muito além da pelve. Reconhecer que uma disfunção intestinal pode ser um sinal de endometriose é um passo importante para o diagnóstico precoce e para o tratamento eficiente. 

Se você apresentar sintomas gastrointestinais que pioram durante o ciclo menstrual, procure um especialista. Informar-se é o primeiro passo para cuidar melhor da sua saúde.

Referências:

  • Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva, 2020.
  • Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Organização Mundial da Saúde (OMS) para estatísticas gerais sobre a prevalência da endometriose.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Benefícios pós cirurgia de endometriose

A cirurgia para endometriose pode ter muitos benefícios quando realizada de forma personalizada, com diagnóstico preciso e por uma equipe especializada.

Entenda os benefícios e a importância do preparo adequado

🔹 Alívio da Dor Crônica
A remoção dos focos de endometriose reduz significativamente a dor pélvica, melhorando a qualidade de vida.

🔹 Melhora da Fertilidade
Para mulheres que desejam engravidar, a cirurgia pode aumentar as chances de concepção ao liberar trompas e ovários bloqueados.

🔹Redução de Sintomas Gastrointestinais e Urinários
A endometriose pode atingir órgãos como o intestino e a bexiga. A cirurgia ajuda a aliviar sintomas como dor ao evacuar ou urinar.

🔹 Recuperação da Qualidade de Vida
Com menos dor e mais disposição, muitas mulheres desfrutam de atividades físicas, trabalho e até relações sexuais sem desconforto.

Por que o mapeamento pré-cirúrgico é tão importante?

O ultrassom transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética, realizados por médico especialista, são ferramentas indispensáveis para planejar a cirurgia. 

Ele mapeia detalhadamente os focos de endometriose, especialmente os mais profundos, ajudando o cirurgião a traçar uma estratégia precisa e minimizar complicações.

Estudos mostram que o mapeamento reduz o risco de lesões em órgãos próximos, como intestino e bexiga, e aumenta a eficácia da cirurgia, melhorando os resultados a longo prazo.

Uma cirurgia bem feita, aliada a um diagnóstico detalhado, transforma a vida de quem convive com a endometriose. 

O acompanhamento pós-operatório também é essencial para manter os resultados e prevenir recorrências.

💬 Se você está sofrendo de endometriose, procure um especialista e considere a importância de um mapeamento pré-cirúrgico para garantir o melhor cuidado!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Como é o diagnóstico da endometriose?

O diagnóstico da endometriose pode ser um desafio, já que os sintomas podem ser semelhantes a outras condições ginecológicas. 

Porém, entender os exames e o processo de investigação é essencial para um tratamento eficaz. 

Vamos explorar os principais métodos de diagnóstico:

1. Avaliação Clínica

O diagnóstico começa no consultório, onde o médico faz uma avaliação clínica detalhada com base nos sintomas relatados pela paciente, como dor pélvica intensa, dor durante a menstruação, dor nas relações sexuais e dificuldades para engravidar.

2. Exames de Imagem

Os exames de imagem ajudam a identificar indícios de endometriose, especialmente os focos mais profundos. Os principais exames incluem:

  • Ultrassom transvaginal com preparo intestinal: Uma variação mais específica do ultrassom transvaginal, feita após o uso de laxantes leves para melhor visualização do intestino. Esse exame pode detectar lesões profundas de endometriose.
  • Ressonância Magnética Pélvica: Oferece uma visão detalhada dos órgãos pélvicos e é utilizada para identificar lesões mais extensas.

3. Laparoscopia

A laparoscopia é o método mais preciso para confirmar o diagnóstico de endometriose. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva, feita com pequenas incisões no abdômen para visualização direta dos focos de endometriose. Além do diagnóstico, permite a biópsia e, em muitos casos, o tratamento das lesões durante o mesmo procedimento.

O que Fazer Após o Diagnóstico?

Após confirmar a endometriose, é hora de planejar o tratamento. As opções variam conforme a gravidade dos sintomas, idade e desejo de engravidar. Podem incluir:

  • Tratamento medicamentoso: Com uso de anticoncepcionais hormonais, progestágenos ou até mesmo terapias de supressão hormonal.
  • Tratamento cirúrgico: Indicado para casos mais graves ou quando os medicamentos não trazem alívio suficiente dos sintomas.

O acompanhamento contínuo é fundamental, já que a endometriose é uma condição crônica e requer ajustes de tratamento ao longo do tempo.

O diagnóstico da endometriose é complexo, mas não impossível. Com um diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida e aumentar as chances de gravidez em mulheres que desejam ser mães.

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Qual é a diferença entre cirurgia laparoscópica e cirurgia aberta para endometriose?

A cirurgia para endometriose pode ser realizada das duas formas, vai depender do tipo, da extensão da doença entre outros fatores.

Isso deve ser conversado com o cirurgião antes do procedimento e é baseado no exame de rastreio(ultrassom transvaginal para mapeamento da endometriose) realizado na preparação.

  • Cirurgia Laparoscópica: Indicada quando a endometriose é menos extensa ou em estágios iniciais, onde o cirurgião pode remover o tecido endometrial de forma eficaz com uma abordagem menos invasiva.
  • Cirurgia Aberta: Indicada em casos de endometriose profunda, envolvendo órgãos como o intestino ou a bexiga, ou quando há múltiplas aderências, onde a laparoscopia não é viável ou segura.

Cirurgia Laparoscópica

  • Como é feita: É minimamente invasiva, feita através de pequenas incisões no abdômen. Um laparoscópio (um tubo fino com uma câmera) é inserido para guiar o cirurgião enquanto ele remove ou destrói o tecido endometrial.
  • Vantagens: Menor tempo de recuperação, menos dor no pós-operatório, e menores cicatrizes. A laparoscopia permite uma visualização detalhada do interior do abdômen, o que ajuda na remoção precisa do tecido.
  • Indicações: Geralmente indicada para casos leves a moderados de endometriose, onde o tecido endometrial não está profundamente infiltrado ou espalhado em áreas extensas.

Cirurgia Aberta (Laparotomia)

    • Como é feita: É um procedimento mais invasivo, feito através de uma incisão maior no abdômen para acesso direto ao tecido endometrial.
    • Vantagens: Permite o acesso e a remoção de tecidos endometriais profundos e extensos, o que pode ser necessário em casos graves de endometriose.
    • Indicações: Indicada para casos graves ou complexos de endometriose, onde o tecido está profundamente infiltrado em órgãos ou tecidos, ou quando a laparoscopia não é suficiente para remover toda a endometriose.

    Situações de Indicação

    A escolha entre os dois tipos de cirurgia depende do grau da endometriose, do quadro clínico da paciente e da experiência do cirurgião.

    (O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

    Referências:

    • The American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) (2023). Endometriosis and Pelvic Pain.
    • Mayo Clinic (2023). Endometriosis – Treatment.

    A cirurgia de endometriose pode afetar a menstruação?

    A cirurgia para endometriose pode afetar a menstruação, sim, depois que forem retirados os focos de inflamação que ela causa.

    E pode acarretar algumas mudanças significativas no ciclo menstrual e na qualidade de vida da mulher, como:

    Redução da dor menstrual

    Quando a cirurgia é bem sucedida e consegue fazer a remoção da maior parte do tecido endometrial fora do útero, as mulheres experimentam uma redução significativa na dor durante a menstruação.

    Alterações no padrão menstrual

    Algumas mulheres também podem notar mudanças em seus padrões menstruais após a cirurgia. Isso pode incluir uma diminuição no volume do fluxo menstrual, uma mudança na duração da menstruação ou até mesmo a interrupção temporária dos ciclos menstruais.

    Fertilidade

    Para mulheres que desejam engravidar, a cirurgia para endometriose pode melhorar a fertilidade ao remover obstruções nas trompas de falópio ou tecido endometrial que possa estar interferindo na concepção.

    Lembrando que em alguns casos a cirurgia pode não eliminar completamente a endometriose, dependendo da gravidade do caso ou localização dos focos inflamados, e pode ser necessária terapia adicional, como medicamentos hormonais, para controlar os sintomas e regular o ciclo menstrual.

    Sem falar que em qualquer caso o acompanhamento pós-operatório é fundamental, já que é uma condição que não tem cura e pode, a depender de vários fatores, voltar a ter necessidade de uma nova cirurgia.

    Converse com seu cirurgião sobre o seu caso e sobre a melhor abordagem cirúrgica e tratamento.

    (O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

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