Como ter o diagnóstico da endometriose?

A endometriose tem sintomas que variam e muitas vezes são confundidos com outras condições, o que faz com que o diagnóstico leve em média 7 a 10 anos para ser feito.
Mas afinal, como ter um diagnóstico preciso da endometriose?
O que leva à suspeita de endometriose?
Os primeiros passos começam com a escuta dos sintomas. Os principais são:
- Cólicas menstruais intensas e incapacitantes
- Dor durante a relação sexual
- Dores intestinais ou urinárias durante o período menstrual
- Fadiga crônica
- Infertilidade sem causa aparente
- Dor pélvica fora do período menstrual
Esses sintomas devem acender um alerta e levar à investigação por um especialista em endometriose.
Exames para diagnosticar a endometriose
Não existe um único exame definitivo, mas sim um conjunto de avaliações que, combinadas, ajudam a fechar o diagnóstico:
1. Ultrassom transvaginal com preparo intestinal
É um dos principais exames para identificar endometriose profunda, especialmente em órgãos como intestino e bexiga. Deve ser feito por um profissional capacitado.
2. Ressonância magnética pélvica com protocolo para endometriose
Útil para mapear lesões mais complexas e ajudar no planejamento cirúrgico. Tem alta sensibilidade em casos mais avançados.
3. Exames laboratoriais e clínicos
Avaliações hormonais e o histórico médico são importantes, embora não confirmem a doença isoladamente.
4. Videolaparoscopia diagnóstica
É o único método que confirma com certeza a endometriose, permitindo visualizar e, se necessário, remover os focos da doença.
Hoje, em muitos casos, ela já é feita como videolaparoscopia diagnóstica e terapêutica ao mesmo tempo.
Diagnóstico precoce muda tudo
Quando a endometriose é diagnosticada cedo, o tratamento pode evitar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida e preservar a fertilidade.
Por isso, não normalize a dor! Procure um médico especializado, descreva seus sintomas com clareza e peça exames adequados.
O diagnóstico da endometriose exige atenção aos sinais do corpo e um olhar atento do profissional de saúde. Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de controlar a dor e preservar a saúde reprodutiva da mulher.
Dr. Diego Gaspar
Oncologista | Cirurgião Oncológico e Geral
CRM-SC 21464 | RQE 22842
(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)
Referências:
- OMS – Organização Mundial da Saúde
- ACOG – American College of Obstetricians and Gynecologists
- Journal of Minimally Invasive Gynecology