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Como ter o diagnóstico da endometriose?

A endometriose tem sintomas que variam e muitas vezes são confundidos com outras condições, o que faz com que o diagnóstico leve em média 7 a 10 anos para ser feito.

Mas afinal, como ter um diagnóstico preciso da endometriose?

O que leva à suspeita de endometriose?

Os primeiros passos começam com a escuta dos sintomas. Os principais são:

  • Cólicas menstruais intensas e incapacitantes
  • Dor durante a relação sexual
  • Dores intestinais ou urinárias durante o período menstrual
  • Fadiga crônica
  • Infertilidade sem causa aparente
  • Dor pélvica fora do período menstrual

Esses sintomas devem acender um alerta e levar à investigação por um especialista em endometriose.

Exames para diagnosticar a endometriose

Não existe um único exame definitivo, mas sim um conjunto de avaliações que, combinadas, ajudam a fechar o diagnóstico:

1. Ultrassom transvaginal com preparo intestinal

É um dos principais exames para identificar endometriose profunda, especialmente em órgãos como intestino e bexiga. Deve ser feito por um profissional capacitado.

2. Ressonância magnética pélvica com protocolo para endometriose

Útil para mapear lesões mais complexas e ajudar no planejamento cirúrgico. Tem alta sensibilidade em casos mais avançados.

3. Exames laboratoriais e clínicos

Avaliações hormonais e o histórico médico são importantes, embora não confirmem a doença isoladamente.

4. Videolaparoscopia diagnóstica

É o único método que confirma com certeza a endometriose, permitindo visualizar e, se necessário, remover os focos da doença.
Hoje, em muitos casos, ela já é feita como videolaparoscopia diagnóstica e terapêutica ao mesmo tempo.

Diagnóstico precoce muda tudo

Quando a endometriose é diagnosticada cedo, o tratamento pode evitar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida e preservar a fertilidade.
Por isso, não normalize a dor! Procure um médico especializado, descreva seus sintomas com clareza e peça exames adequados.

O diagnóstico da endometriose exige atenção aos sinais do corpo e um olhar atento do profissional de saúde. Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de controlar a dor e preservar a saúde reprodutiva da mulher.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • OMS – Organização Mundial da Saúde
  • ACOG – American College of Obstetricians and Gynecologists
  • Journal of Minimally Invasive Gynecology

A endometriose pode ser uma doença silenciosa?

É comum ouvir que a endometriose é uma “doença silenciosa”, mas isso pode parecer contraditório, já que muitas mulheres relatam dores intensas. 

A verdade é que a endometriose é silenciosa porque seus sintomas são normalizados ou ignorados por anos, inclusive por quem sente a dor.

Ela é considerada silenciosa por quê?

🔹 Porque muitas mulheres acreditam que é “normal sentir dor” na menstruação.
Sentir cólica é comum, mas sentir dor que te impede de trabalhar, estudar ou viver, não é normal.

🔹 Porque os sintomas variam muito.
Nem toda mulher com endometriose tem dor. Algumas só descobrem ao investigar infertilidade.

🔹 Porque os sinais são confundidos com outros problemas.
Dor para evacuar, inchaço abdominal, cansaço extremo e dor na relação sexual podem ser atribuídos a intestino irritável, cistite ou ansiedade.

🔹 Porque o diagnóstico costuma ser demorado.
Estima-se que leve de 7 a 10 anos para uma mulher receber diagnóstico de endometriose após o início dos sintomas (ACOG – American College of Obstetricians and Gynecologists).

Quando investigar?

Se você sente:
✅ Cólicas incapacitantes todos os meses
✅ Dores na relação sexual
✅ Dificuldade para engravidar
✅ Alterações intestinais ou urinárias cíclicas
✅ Fadiga frequente e inchaço abdominal

Procure um especialista em endometriose. Exames como o ultrassom com preparo intestinal e a ressonância magnética ajudam a identificar lesões profundas e planejar o tratamento.

E o tratamento?

Depende do grau da doença e da gravidade dos sintomas. As opções incluem:

  • Tratamento hormonal
  • Analgésicos e anti-inflamatórios
  • Fisioterapia pélvica
  • E, nos casos moderados a graves, cirurgia laparoscópica especializada

A endometriose pode causar dor intensa e, mesmo assim, permanecer invisível aos olhos de quem não entende a doença. É silenciosa porque é ignorada, negligenciada e subdiagnosticada.

Quando a cirurgia é necessária no câncer de colo do útero?

O câncer de colo do útero ainda é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres no Brasil — especialmente por falta de diagnóstico precoce. 

A boa notícia é que, quando descoberto a tempo, há tratamento eficaz — e a cirurgia pode ser uma das opções mais importantes.

Afinal, quando a cirurgia é indicada?

A cirurgia é indicada principalmente nos estágios iniciais da doença, quando o tumor ainda está localizado no colo do útero e não invadiu órgãos vizinhos.

As principais situações incluem:

🔹 Estágio I – Quando o câncer está restrito ao colo do útero.
🔹 Tumores pequenos (<4cm) – A cirurgia pode ser curativa, com retirada completa da área afetada.
🔹 Desejo de preservação da fertilidade – Em casos selecionados, pode ser indicada uma traquelectomia (remoção do colo uterino com preservação do útero).

Quais tipos de cirurgia podem ser feitos?

✔️ Conização – Remoção de um pequeno fragmento do colo uterino. Usada em lesões muito iniciais.
✔️ Histerectomia total – Remoção do útero e colo do útero. Pode ser feita por via vaginal, abdominal ou laparoscópica.
✔️ Histerectomia radical – Remoção do útero, colo do útero, parte da vagina e linfonodos pélvicos. Indicada em casos com maior risco de disseminação.
✔️ Cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica) – Com menos dor, cicatriz menor e recuperação mais rápida.

E nos casos mais avançados?

Quando o câncer já se espalhou para estruturas próximas (estágios III e IV), a cirurgia geralmente não é a primeira escolha. Nesses casos, o tratamento costuma começar com radioterapia e quimioterapia combinadas.

Contudo, a cirurgia ainda pode ser indicada em situações como:
🔸 Complicações por obstrução de ureteres ou intestino
🔸 Ressecção de tumores residuais após tratamento

A cirurgia tem papel fundamental no tratamento do câncer de colo do útero, principalmente nos estágios iniciais, podendo oferecer altas taxas de cura. A chave está no diagnóstico precoce, por meio do Papanicolau e acompanhamento ginecológico regular.

Se você ou alguém próximo foi diagnosticado com câncer de colo do útero, converse com uma equipe especializada para entender todas as opções — incluindo a possibilidade de cirurgia.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Por que quem tem endometriose tem muita cólica?

Sentir algum tipo de desconforto durante o período menstrual é comum, mas sentir dor incapacitante, que atrapalha a rotina, afasta do trabalho ou faz precisar de remédio forte todos os meses, não é normal — e pode ser endometriose.

E um dos sintomas mais frequentes e marcantes é a cólica menstrual intensa, mas por que isso acontece?

🔥 Por que dói tanto?

  1. Inflamação constante: Os focos de endometriose provocam uma reação inflamatória intensa, ativando terminações nervosas e gerando dor.
  2. Contrações mais dolorosas: O útero tenta eliminar o conteúdo menstrual com mais força, o que causa cólicas muito mais fortes.
  3. Aderências e lesões profundas: As estruturas pélvicas podem ficar “coladas” umas às outras, limitando movimentos naturais e causando dor mesmo fora do período menstrual.
  4. Irritação de nervos pélvicos: Em casos mais avançados, a endometriose pode atingir diretamente nervos da pelve, o que aumenta a intensidade e a frequência das dores.

O que fazer?

Se você sente dores menstruais intensas, isso não é normal e não precisa ser sua realidade. O diagnóstico da endometriose pode ser feito por exames de imagem especializados, como o ultrassom transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética pélvica.

O tratamento depende da gravidade dos sintomas e da localização dos focos da doença, e pode envolver:
✔️ Uso de medicamentos hormonais
✔️ Analgésicos e anti-inflamatórios
✔️ Fisioterapia pélvica
✔️ E, em muitos casos, cirurgia laparoscópica especializada para remover os focos da doença

A cólica intensa pode ser o corpo gritando que algo não vai bem. Endometriose tem tratamento — quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de aliviar a dor e preservar a fertilidade e a qualidade de vida.

👉 Se você ou alguém próximo sofre com dores menstruais incapacitantes, procure um especialista.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Quando a endometriose exige cirurgia de urgência?

A endometriose, em geral, evolui de forma progressiva e silenciosa. No entanto, em algumas situações específicas, ela pode exigir cirurgia de urgência, principalmente quando afeta órgãos vitais como intestino, bexiga ou rins.

Casos que podem virar emergência

➡️ Ruptura de endometrioma (cisto no ovário)
Quando um endometrioma se rompe, pode causar dor abdominal aguda, sangramento interno e, em alguns casos, sinais de peritonite. Nesses casos, a paciente pode precisar de cirurgia imediata para conter a hemorragia e preservar a função ovariana.

➡️ Obstrução intestinal por endometriose profunda
A endometriose pode infiltrar a parede do intestino, especialmente o reto e o sigmóide. Em casos mais graves, a obstrução total pode causar dor intensa, vômitos, distensão abdominal e impossibilidade de evacuar — um quadro que precisa de intervenção cirúrgica urgente.

➡️ Hidronefrose por compressão dos ureteres
Lesões de endometriose podem comprimir os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga), levando à obstrução da urina e dilatação dos rins (hidronefrose). Quando não tratada a tempo, pode haver perda da função renal.

➡️ Infecção de cistos ou abscessos
Endometriomas infectados ou abscessos pélvicos causados pela doença também podem evoluir para infecções graves, com febre alta, dor intensa e risco de sepse.

Quando procurar ajuda urgente?

Se a paciente apresentar:

  • Dor abdominal súbita e intensa
  • Febre e mal-estar
  • Dificuldade para urinar ou evacuar
  • Sangramento anormal
  • Náuseas e vômitos persistentes

É fundamental procurar atendimento médico imediato.

Diagnóstico e abordagem cirúrgica

A avaliação costuma envolver exames de imagem como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética, além de exames laboratoriais. 

A videolaparoscopia é a técnica mais indicada para o tratamento cirúrgico, inclusive em situações emergenciais, por ser menos invasiva e com recuperação mais rápida.

Embora muitas mulheres convivam com a endometriose por anos, ela não é uma doença inofensiva. Quando atinge órgãos vitais ou causa complicações como sangramentos, infecções e obstruções, a cirurgia pode ser a única forma de preservar a vida e a qualidade de vida da paciente.

A chave é o diagnóstico precoce e o acompanhamento com profissionais experientes. Isso reduz os riscos de emergências e aumenta as chances de tratamento eficaz e seguro.

Saiba como é a cirurgia: clique aqui!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Como é a cirurgia de endometriose?

Quando o tratamento clínico (medicamentos hormonais e analgésicos) não é suficiente para controlar os sintomas, a cirurgia pode ser a melhor opção para restaurar a qualidade de vida do paciente.

Mas como é feita essa cirurgia? Quem precisa dela? E quais os benefícios? 

Quem Precisa Fazer uma Cirurgia de Endometriose?

A cirurgia para endometriose é indicada quando:
 

✅ A dor é incapacitante e não melhora com tratamento clínico.
✅ Há comprometimento de órgãos como intestino, bexiga ou ureteres.
✅ Uma paciente tem dificuldade para engravidar e a endometriose está afetando a fertilidade.
✅ Exames mostram lesões profundas que podem comprometer a função dos órgãos.

Como a Cirurgia é Feita?

Atualmente, a abordagem cirúrgica mais utilizada é a laparoscopia , uma técnica minimamente invasiva, que permite a remoção de focos de endometriose por pequenas incisões. O procedimento ocorre da seguinte forma:

1️⃣ Anestesia geral para garantir conforto e segurança ao paciente.
2️⃣ Pequenas incisões no abdômen por onde são inseridas a câmera e os instrumentos cirúrgicos.
3️⃣ Mapeamento das lesões previamente identificadas em exames como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética.
4️⃣ Remoção de focos de endometriose com cauterização ou dissecção de lesões, dependendo da profundidade e da localização.
5️⃣ Encerramento do procedimento com pontos internos e externos, minimizando cicatrizes.

Em casos de endometriose profunda, que afeta órgãos como intestino e bexiga, pode ser necessário um trabalho multidisciplinar, envolvendo cirurgiões ginecológicos, gastrointestinais e urológicos.

Cirurgia Cura a Endometriose?

Infelizmente, não há cura definitiva para endometriose. A cirurgia reduz a inflamação e melhora os sintomas, mas a doença pode reaparecer, especialmente se não houver um acompanhamento contínuo. O tratamento pós-cirúrgico pode incluir:

✔️ Uso de hormônios para evitar o avanço da doença.
✔️ Fisioterapia pélvica para reduzir aderências e dor crônica.
✔️ Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta anti-inflamatória e exercícios físicos.

A cirurgia de endometriose pode transformar a qualidade de vida da paciente, aliviando dores intensas e melhorando a fertilidade em alguns casos. 

No entanto, é fundamental que o procedimento seja realizado por uma equipe experiente, garantindo a remoção completa dos focos da doença sem comprometer a função dos órgãos.

Se você sofre de dores intensas, infertilidade ou sintomas que afetam sua rotina, procure um especialista e avalie se a cirurgia é a melhor opção para o seu caso.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG)
  • Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE)
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva

Histerectomia cura endometriose?

A histerectomia, cirurgia de remoção do útero, muitas vezes é vista como uma solução definitiva para a endometriose. Mas será que ela realmente cura a doença? A resposta é: nem sempre. 

A endometriose não está limitada ao útero – ela pode estar nos ovários, trompas, intestino, bexiga e até o diafragma, o que significa que apenas retirar o útero não garante que os sintomas desapareçam .

Quando a Histerectomia é Indicada para Endometriose?

✅ Paciente tem adenomiose(endometriose dentro do músculo do útero), causando dor intensa e sangramentos frequentes.
✅ Há falha no tratamento clínico, com persistência de sintomas incapacitantes.
✅ A doença está muito avançada, comprometendo os órgãos e a qualidade de vida da paciente.

Se houver focos de endometriose fora do útero, a histerectomia não elimina a doença. Nesses casos, a cirurgia ideal deve incluir a remoção completa das lesões de endometriose, garantindo que a inflamação e os sintomas desapareçam de forma eficaz.

Além disso, se os ovários forem preservados, o estímulo hormonal ainda pode alimentar focos de endometriose remanescentes. Por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente.

Cirurgia Bem Feita = Qualidade de Vida

Para mulheres com endometriose grave, uma abordagem cirúrgica bem planejada, com um especialista em cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica), pode ser a melhor opção. O objetivo não é apenas retirar o útero, mas remover a doença de forma completa, garantindo a melhora dos sintomas e evitando recidivas.

Se você sofre com dores intensas e está considerando uma histerectomia, converse com um especialista para saber qual é a melhor abordagem para o seu caso.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG)
  • Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE)
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva

Cirurgias gastrointestinais que podem ser realizadas por videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que faz uso de pequenas incisões e uma câmera de alta definição. 

Essa abordagem vem revolucionando a cirurgia gastrointestinal e oncológica, pois reduz o tempo de recuperação, a dor pós-operatória e as cicatrizes, além de ser uma opção importante para tratar a endometriose profunda que acomete o intestino. 

Confira alguns exemplos:

1. Colecistectomia (Retirada da Vesícula Biliar)

  • Indicação: Cálculos biliares, infecções crônicas da vesícula.
  • Vantagem da Videolaparoscopia: Menor dor, internação reduzida e rápida recuperação, o que permite a retomada breve das atividades diárias.

2. Apendicectomia (Retirada do Apêndice)

  • Indicação: Apendicite aguda.
  • Benefícios: Visualização clara de outros órgãos e menor risco de complicações quando comparado à cirurgia aberta.

3. Cirurgias para Refluxo (Fundoplicatura)

  • Indicação: Pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) não controlada por medicamentos.
  • Diferencial: Consegue concordar com a satisfação entre estômago e esôfago de forma eficaz, apresentando alto índice de satisfação no longo prazo.

4. Cirurgias Oncológicas Gastrointestinais

  • Indicação: Tumores no estômago, cólon e reto, entre outros.
  • Exemplos: gastrectomia (remoção parcial ou total do estômago), colectomias (remoção de parte do intestino grosso) e retossigmoidectomia (em casos de câncer de reto).
  • Benefícios: Remoção precisa de tumores com menor tempo de recuperação, o que é fundamental para quem precisa de combinação cirúrgica com quimioterapia ou radioterapia.

5. Endometriose Profunda com Acometimento Intestinal

  • Indicação: Remoção de focos de endometriose que invadem a parede intestinal, causando dores intensas e dificuldades no fluxo intestinal.
  • Como funciona: A videolaparoscopia possibilita acesso preciso às lesões, removendo o tecido endometriótico e preservando o máximo possível do intestino saudável.

Vantagens Gerais da Videolaparoscopia

  • Menos dor e cicatrizes: As pequenas incisões decorrentes do trauma cirúrgico.
  • Alta hospitalar precoce: Em muitos casos, o paciente recebe alta em 24 a 48 horas.
  • Retorno rápido à rotina: Importante para pacientes que precisam retomar atividades diárias ou tratamentos complementares.
  • Menor risco de complicações: Menos infecções e menor exposição de órgãos internos.

A videolaparoscopia traz benefícios em diversas áreas, desde o tratamento de doenças funcionais e inflamatórias até cirurgias oncológicas e casos de endometriose profunda. 

Se você tem indicação cirúrgica, converse com seu médico sobre essa opção. Uma avaliação detalhada garantirá a escolha do tratamento ideal para cada situação.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Referências:

  • Sociedade Americana de Cirurgiões Gastrointestinais e Endoscópicos (SAGES)
  • Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG)
  • Federação Internacional para Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO)

Dor lombar e a endometriose

A endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao endométrio (camada interna do útero) cresce em locais fora do útero, como ovários, trompas e, em casos mais profundos, em órgãos pélvicos e até na região lombar. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , essa doença afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, podendo causar uma série de sintomas além das tradicionais cólicas menstruais, incluindo dor lombar.

Por que a endometriose pode causar dor lombar?

  • Infiltração em ligamentos e nervos: A endometriose profunda pode atingir os ligamentos uterossacros, que ficam próximos à coluna, provocando dor que irradia para a região lombar.
  • Inflamação crônica: A presença de tecido endometrial fora do útero desencadeia um estado inflamatório que, além de causar dor pélvica, pode irradiar para as costas.
  • Aderências e cicatrizes: As lesões da endometriose podem gerar aderências entre órgãos, impactando a mobilidade pélvica e agravando a dor lombar.

Principais Sinais de Alerta

  1. Dor lombar cíclica: Se a dor na região lombar piora próximo ao período menstrual, pode ser um sinal de endometriose profunda.
  2. Alterações intestinais ou urinárias: Lesões na área pélvica podem afetar órgãos vizinhos, resultando em dor ao evacuar ou urinar, especialmente durante a menstruação.
  3. Histórico de cólicas menstruais intensas: Mulheres que sofrem de cólicas fortes têm maior chance de apresentar endometriose.

Diagnóstico e Tratamento

  1. Avaliação clínica e exames de imagem: Ultrassonografia transvaginal especializada (com preparo intestinal) ou ressonância magnética podem identificar focos profundos de endometriose.
  2. Tratamento medicamentoso: Analgésicos, anti-inflamatórios e hormonais podem aliviar a dor e controlar o avanço da doença.
  3. Cirurgia minimamente invasiva: Em casos mais graves, a remoção cirúrgica das lesões (geralmente via laparoscopia) ajuda a reduzir a inflamação e aliviar a dor lombar.
  4. Equipe multidisciplinar: Fisioterapia pélvica, nutrição e acompanhamento psicológico podem complementar o tratamento, oferecendo alívio mais abrangente dos sintomas.

Embora não exista cura definitiva para a endometriose, o controle adequado dos sintomas e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar complicações, como infertilidade ou dores incapacitantes. 

Manter um diálogo aberto com seu médico e seguir recomendações de rotina podem fazer toda a diferença na qualidade de vida.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

A endometriose pode causar disfunção intestinal?

Quando falamos sobre endometriose, muitas pessoas pensam apenas em cólicas menstruais fortes e dificuldade para engravidar. Porém, essa condição pode ir muito além da região uterina. 

Na verdade, a endometriose pode afetar órgãos como intestino e bexiga, causando uma série de sintomas que se estendem além do aparelho reprodutor. 

Isso inclui desconfortos como constipação, diarreia, dor ao evacuar e até inchaço abdominal frequente, principalmente no período menstrual.

Como a Endometriose Afeta o Intestino?

Quando essas lesões se instalam no intestino – mais comumente no reto e no cólon sigmóide – podem provocar lesões, inflamação e até estreitamentos no canal intestinal. 

Essa infiltração profunda é responsável pela gama de sintomas que muitas vezes se confundem com outras condições gastrointestinais.

De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva têm endometriose. 

Estudos apontam que de 3% a 37% das pacientes com endometriose podem apresentar envolvimento intestinal (Journal of Minimally Invasive Gynecology, 2020), o que demonstra o quão frequente a sobreposição desses sintomas pode ser.

Sintomas Comuns

  • Dor ao evacuar: Principalmente durante o período menstrual.
  • Alterações no hábito intestinal: Constipação ou diarreia cíclica relacionadas ao ciclo menstrual.
  • Inchaço e distensão abdominal: Sensação de “barriga estufada” que piora nos dias próximos à menstruação.
  • Sangramento retal cíclico: Em casos mais severos, pode haver sangue nas fezes durante a menstruação.

Esses sintomas acabam sendo confundidos com a Síndrome do Intestino Irritável (SII), levando muitas mulheres a buscarem tratamentos gastrointestinais sem problemas consistentes.

Diagnóstico: A Importância do Mapeamento Detalhado

O diagnóstico da endometriose intestinal exige um olhar especializado. 

O ultrassom transvaginal com preparo intestinal, realizado por um profissional experiente, é uma ferramenta-chave para identificar a localização e a profundidade das lesões. Em alguns casos, a ressonância magnética também pode auxiliar no mapeamento.

Quanto mais cedo for identificado o comprometimento intestinal, maior a chance de um tratamento assertivo e menos invasivo, reduzindo o impacto na qualidade de vida da paciente.

Tratamento e Qualidade de Vida

O tratamento da endometriose intestinal pode variar de abordagem clínica, com uso de medicamentos hormonais para controlar o crescimento do tecido endometrial, até cirurgias para remover as lesões mais profundas.

A cirurgia minimamente invasiva (laparoscopia ou cirurgia robótica) é uma das opções que permite um procedimento mais preciso e com menor tempo de recuperação.

Ao aliviar a dor, melhorar a função intestinal e restaurar a mobilidade dos órgãos afetados, o tratamento adequado envolve a qualidade de vida e a autonomia do paciente.

A endometriose é uma doença complexa, e seu impacto pode ir muito além da pelve. Reconhecer que uma disfunção intestinal pode ser um sinal de endometriose é um passo importante para o diagnóstico precoce e para o tratamento eficiente. 

Se você apresentar sintomas gastrointestinais que pioram durante o ciclo menstrual, procure um especialista. Informar-se é o primeiro passo para cuidar melhor da sua saúde.

Referências:

  • Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.
  • Revista de Ginecologia Minimamente Invasiva, 2020.
  • Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Organização Mundial da Saúde (OMS) para estatísticas gerais sobre a prevalência da endometriose.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

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