Quando a endometriose exige cirurgia de urgência?

A endometriose, em geral, evolui de forma progressiva e silenciosa. No entanto, em algumas situações específicas, ela pode exigir cirurgia de urgência, principalmente quando afeta órgãos vitais como intestino, bexiga ou rins.

Casos que podem virar emergência

➡️ Ruptura de endometrioma (cisto no ovário)
Quando um endometrioma se rompe, pode causar dor abdominal aguda, sangramento interno e, em alguns casos, sinais de peritonite. Nesses casos, a paciente pode precisar de cirurgia imediata para conter a hemorragia e preservar a função ovariana.

➡️ Obstrução intestinal por endometriose profunda
A endometriose pode infiltrar a parede do intestino, especialmente o reto e o sigmóide. Em casos mais graves, a obstrução total pode causar dor intensa, vômitos, distensão abdominal e impossibilidade de evacuar — um quadro que precisa de intervenção cirúrgica urgente.

➡️ Hidronefrose por compressão dos ureteres
Lesões de endometriose podem comprimir os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga), levando à obstrução da urina e dilatação dos rins (hidronefrose). Quando não tratada a tempo, pode haver perda da função renal.

➡️ Infecção de cistos ou abscessos
Endometriomas infectados ou abscessos pélvicos causados pela doença também podem evoluir para infecções graves, com febre alta, dor intensa e risco de sepse.

Quando procurar ajuda urgente?

Se a paciente apresentar:

  • Dor abdominal súbita e intensa
  • Febre e mal-estar
  • Dificuldade para urinar ou evacuar
  • Sangramento anormal
  • Náuseas e vômitos persistentes

É fundamental procurar atendimento médico imediato.

Diagnóstico e abordagem cirúrgica

A avaliação costuma envolver exames de imagem como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética, além de exames laboratoriais. 

A videolaparoscopia é a técnica mais indicada para o tratamento cirúrgico, inclusive em situações emergenciais, por ser menos invasiva e com recuperação mais rápida.

Embora muitas mulheres convivam com a endometriose por anos, ela não é uma doença inofensiva. Quando atinge órgãos vitais ou causa complicações como sangramentos, infecções e obstruções, a cirurgia pode ser a única forma de preservar a vida e a qualidade de vida da paciente.

A chave é o diagnóstico precoce e o acompanhamento com profissionais experientes. Isso reduz os riscos de emergências e aumenta as chances de tratamento eficaz e seguro.

Saiba como é a cirurgia: clique aqui!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima