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A cirurgia de endometriose é uma opção de tratamento quando a condição tem sintomas significativos ou quando há preocupações com a fertilidade.
A endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao revestimento do útero (endométrio) cresce fora do útero, muitas vezes nas regiões pélvicas, como os ovários, as trompas de Falópio, os ligamentos uterinos e outras estruturas.
A cirurgia pode ser recomendada nas seguintes situações:
Sintomas severos: Se uma pessoa com endometriose apresenta sintomas graves, como dor pélvica crônica, dor durante o sexo, cólicas menstruais intensas, sangramento irregular ou problemas urinários, ou intestinais.
Infertilidade: A endometriose pode afetar a fertilidade de algumas mulheres, tornando a concepção mais difícil. Em casos de infertilidade associada à endometriose, a cirurgia pode ser realizada para remover áreas afetadas do tecido endometrial e melhorar as chances de gravidez natural ou de sucesso em tratamentos de fertilidade.
Existem duas principais abordagens cirúrgicas para tratar a endometriose:
Laparoscopia: Que é o método mais usado. Nesse procedimento minimamente invasivo, são realizadas pequenas incisões na região abdominal e inserido um laparoscópio (um tubo fino com uma câmera na ponta) e instrumentos cirúrgicos. Isso permite que o cirurgião visualize a área afetada e remova os focos de endometriose.
Laparotomia: Em casos graves de endometriose, ou quando uma laparoscopia não é viável, uma laparotomia (cirurgia abdominal aberta) pode ser realizada. Isso envolve uma incisão maior na região abdominal para acessar e remover as áreas afetadas pela endometriose.
O objetivo de qualquer uma das cirurgias é aliviar os sintomas, remover os focos de endometriose e, quando otimizado, melhorar a fertilidade.
A escolha da abordagem cirúrgica vai depender da gravidade da endometriose, da localização dos focos e das necessidades individuais do paciente.
É importante discutir todas as opções de tratamento com um médico especialista em cirurgia de endometriose, considerando os riscos e benefícios, bem como os possíveis impactos na fertilidade.
O tratamento pós-cirúrgico, como terapia hormonal ou acompanhamento de um especialista em fertilidade, pode ser necessário em alguns casos.
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Dr. Diego Gaspar
Oncologista | Cirurgião Oncológico e Geral
CRM-SC 21464 | RQE 22842
(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional e não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)